Equilíbrio quase sem
respiro, a pausa, o susto de enxergar o próprio sonho aberto por estranhos,
levando-o a divagar em noites claras. Eis então o sol que se despede sem
vergonha de dizer que foi ele quem lhe revelou ao mundo, se não fossem suas
queimaduras de amor congeladas com ódio do desprezo, jamais sonharíamos com o
êxito final. Quiçá uma encruzilhada nos mantivesse em pouso. Acalmai o leito solitário
e deitai nele os sonhos para que, a sós, voem longe sem as asas que lhe abri, que
cheguem no longe que jamais alguém o alcançará para sonhá-lo novamente. Na
mente dos estranhos continuará a ser sonho de quem apenas divaga e não teme a
descoberta.
Foto de Luciana Moretti Angelo, cedida para a IV Exposição Fotografia & Ciências, UFSCar Campus Araras.
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